quarta-feira, 13 de junho de 2007

Gestão do Conhecimento

Atividade 4:
Gestão do Conhecimento
Por : Graziele P. Silva


Os freqüentemente citados conceitos de aprendizagem organizacional e de organização que aprende fazem referência a estruturas empresariais que devem funcionar como organismos capazes de aprender com o ambiente e com suas próprias experiências. Empresas passam a ser vistas como organismos capazes de acumular e produzir conhecimento. Cinco disciplinas foram enumeradas como componentes do núcleo dessa estrutura: raciocínio sistêmico, modelos mentais, objetivos comuns, aprendizagem em grupo e maestria pessoal. A respeito da cultura organizacional japonesa contribui para o assunto ao definir e discutir a relação entre conhecimentos tácitos e explícitos. O conhecimento é apontado como sendo "a única fonte de vantagem competitiva duradoura", sendo identificados quatro padrões de criação de conhecimento organizacional. Existem diferentes abordagens desse assunto. Estão freqüentemente entrelaçados os conceitos de organização que aprende, aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. Este último é uma proposta de instrumento para os dois primeiros, estando relacionado principalmente às novas tecnologias de informação e comunicação. Entretanto, apesar das diferentes abordagens, o vocabulário envolvido é convergente. No processo de aprendizagem organizacional existem três fases que se superpõem: a cognitiva, a comportamental e a mensurável. Há categorias semelhantes para a gestão do conhecimento, são as de dimensões cognitiva, afetiva e situacional de uso do conhecimento. Assim, as novas tecnologias de informação e comunicação parecem formar uma espécie de sistema nervoso digital interligando o conhecimento comunitário e possibilitando o mapeamento da cultura subjacente. Elas inicialmente auxiliam os métodos de trabalho existentes. Posteriormente, a familiaridade dos trabalhadores do conhecimento com as ferramentas faz com que eles alterem sua forma de agir para se beneficiar da tecnologia. Por fim, processos totalmente novos são identificados através da tecnologia que os viabiliza. Essa temática tem sido objeto tanto de estudos acadêmicos quanto de best-sellers de gestão, sendo considerada modismo por alguns. É necessário desenvolver uma crítica sistemática a discursos pseudomodernizantes e a novos tipos ideais, entre os quais ele coloca o conceito da organização que aprende. Trabalhos que demonstram a controvérsia no estabelecimento de relações claras entre resultado econômico mensurável e inovações tecnológicas e organizacionais também indicam a necessidade de reflexão sobre o tema. A promoção da inovação é uma das principais propostas do discurso da gestão do conhecimento. Entretanto, vários trabalhos científicos têm apontado uma tendência de dominação e perpetuação das estruturas de poder através de sistemas de informação que pretendem auxiliar no trabalho do conhecimento, causando o efeito oposto ao preconizado pelo discurso. Há, portanto, uma aparente dualidade a ser explorada no âmbito do uso das novas tecnologias em empresas de intensivo trabalho do conhecimento.

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